A vida de Maria Quitéria

Como viviam as mulheres naquele período? 

R: As mulheres do tempo de Maria Quitéria eram bem femininas e embora morassem no sertão não pensavam jamais em seguir uma carreira totalmente masculina. 


Como Maria Quitéria conseguiu entrar no exército? 

R: Maria Quitéria conseguiu enganar os militares ao se disfarçar de homem para se alistar no exército libertador. O exército libertador entrou na Bahia em 2 de julho de 1823 e, em agosto, expulsou os portugueses. Quitéria recebeu de D. Pedro I o soldo de alferes e a insígnia de Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro. 


Como era a sua farda?

R: O Governo da Província dera-lhe o direito de portar espada. Na condição de cadete, Quitéria envergava original farda azul com saiote por ela própria modelado, além de vistoso capacete com penacho. Assim ataviada, entrou em Salvador, com as forças do 2 de Julho, finda a guerra oferecida às tropas do General Madeira. 


Quais foram as principais batalhas das quais ela participou? 

R: Em 29 de outubro de 1822 ela lutou na defesa da Ilha de Maré, e depois dirigiu-se a Itapoã. Em fevereiro de 1823, participou com ímpeto inúmeros combates, atacando inimigos entrincheirados na Pituba, capturando-os e levando-os preso para o acampamento da sua tropa.Maria Quitéria lutou também pela defesa da foz do Paraguaçu comandando um grupo de mulheres guerreiras. Com água na altura dos seios, avançou contra uma nau portuguesa, impedido o desembarque de reforços às tropas inimigas. Depois de violentos combates, finalmente, a dois de julho de 1823, as tropas brasileiras marcharam vitoriosas pelas ruas de Salvador, com Maria Quitéria entre elas.  


Quais eram os ideais que ela defendia? 

R: Maria Quitéria defendia o movimento pró-independência da Bahia ativamente, enviando emissários a toda a Província em busca de adesões, recursos e voluntários para formação de um "Exército Libertador". 


Por que ela morreu esquecida e somente após meio século sua imagem passou a ser valorizada?

R: Maria Quitéria foi mais uma vítima do preconceito que assola a sociedade brasileira. Era mulher, pediu permissão ao pai para alistar-se, não conseguiu a permissão, saiu de casa e foi morar com parentes. Alistou-se como se fosse homem, porque naquela época a exército não aceitava mulheres na vanguarda. Nossa heroína desobedeceu ao pai; burlou o regulamento do batalhão, alistando como "soldado Medeiros". Talvez, por isso, ela foi esquecida por algum tempo, hoje, porém, seu nome é orgulho nacional.  

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